As IRAS mais frequentes nas UTIs são a infecção primária da corrente sanguínea (IPCS), a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e infecção do trato urinário (ITU) (BRASIL, 2017). E, os principais dispositivos utilizados em UTI, que favorecem as referidas infecções, são respectivamente, o cateter venoso central (CVC), o dispositivo para ventilação mecânica (VM) e o cateter vesical de demora (CVD) (BRASIL, 2018). Em países desenvolvidos, pelo menos uma IRAS afeta aproximadamente 30% dos pacientes de UTI. Nos países subdesenvolvidos, a frequência dessas infecções é duas a três vezes maior (SANCHES, 2019).
As infecções da corrente sanguínea associadas à cateter venoso central representam um desafio à segurança do paciente e a ônus significativo para os sistemas de saúde. Mais de 20% das infecções da corrente sanguínea em hospitais da Europa são relacionadas a CVC e, o índice de mortalidade causada por essas infecções chegam até 30%. Provavelmente, as mais caras das infecções associadas aos cuidados de saúde (KARAPANOU et al. 2020).
O Ministérios da Saúde (MS), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), elaborou projetos de apoio com ações continuadas para o Triênio 2018-2020. Entre os projetos, destaca-se o “Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”. Esse projeto estabelece também intervenções na redução de IRAS, com o objetivo de reduzir a densidade de incidência dessas infecções em 50%, nas UTIs participantes do projeto, até dezembro de 2020. O quadro abaixo destaca os benefícios do projeto (BRASIL, 2018).